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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A nossa joaninha...


Desenhos feitos pelas crianças: o papagaio




Desenhos feitos pelas crianças: o macaco


Que orgulho! Construímos um belo cão!


Desenhos feitos pelas crianças: o grilo




O papagaio é como muitas pessoas. Mas, como são as pessoas?


Desenhos feitos pelas crianças: o pato




















Escrevemos o poema "Estrelinha" numa nuvem

Wordle: Escrevemos o poema "Estrelinha" numa nuvem.

Desenhos feitos pelas crianças: a joaninha




Impressões sobre o livro


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Palavras da coordenadora da equipa da Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas Gil Vicente


Fantasma: folha ou cartão que se coloca no lugar
de um livro tirado de uma prateleira de biblioteca.

Petit Larousse


A Biblioteca Escolar do Castelo disponibiliza aos seus utilizadores, as crianças do JI e os alunos da EB1 do Castelo, uma pequena coleção constituída por algumas centenas de livros. Desde a inauguração desta biblioteca, em maio de 2011, os livros deste espólio têm sido lidos, relidos, manuseados, recontados e até ilustrados. De cada vez que os nossos leitores retiram um deles do lugar que ocupa nas estantes, é colocada uma cartolina colorida a marcar o seu sítio exato. Um desses livros saiu também da sua prateleira para conquistar a atenção das vinte crianças da turma do 2º ano da manhã: Bichos, bichinhos e bicharocos, da autoria de Sidónio Muralha, Júlio Pomar e Francine Benoit.

Através da professora da turma, Ariana Furtado, tivemos conhecimento do trabalho que iria ser feito, a propósito deste livro, com dois elementos do coro da Casa da Achada, Pedro Boléo e Susana Baeta. Ao juntarmo-nos a esta parceria, considerámos que a participação da Biblioteca Escolar do Castelo poderia assumir a forma de uma exposição que reproduziria os textos produzidos pelos alunos a partir da pesquisa e do tratamento de informação sobre os três autores do livro. Deste trabalho de literacia da informação, uma das principais áreas de intervenção das bibliotecas escolares, resultaram as biografias que aqui se apresentam. Nasceu assim, desta ideia simples, o título da exposição: 1 livro, 3 autores.

Aos textos elaborados pelos alunos, juntou-se uma série diversificada de outros trabalhos realizados na sala de aula, numa espécie de peugada dos três autores do livro e das vertentes artísticas que os tornaram conhecidos: literatura, pintura e música. Os trabalhos produzidos permitiram potenciar a ideia inicial da exposição e mostrar o que é possível fazer a partir de uma obra que, com mais de sessenta anos de existência, mantém, no entanto, uma grande atualidade.

Em breve, o livro irá ocupar de novo o seu lugar nas estantes. E, logo, logo, será substituído por mais um fantasma colorido. Que a este se sucedam muitos e muitos outros.


Maria João Queiroga
Coordenadora da equipa da Biblioteca Escolar
Agrupamento de Escolas Gil Vicente

Desenhos feitos pelas crianças: bichinho de conta




quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Fotos dos ensaios

Diálogos inspirados no poema "Estrelinha"


Sobre a obra de Júlio Pomar


Preparação dos trabalhos


Pequeno filme sobre a vida e a obra de Sidónio Muralha


Palavras da nossa querida amiga Eduarda Dionísio


Queridos meninos da Escola do Castelo:

O sapo sapinho doutor, o papagaio que faz banzé, o grilo da perna torta, a menina da estrelinha miudinha a luzir, e mais uns quantos que vocês agora conhecem, ficaram meus amigos para toda a vida. E trago-os muitas vezes dentro da cabeça, mesmo quando não dou muito por isso. E outras vezes aparecem-me uns versos do Sidónio Muralha na ponta da língua. E os desenhos do Pomar na ponta das pestanas. E foi há tantos, tantos anos que fiz estes amigos. E muitos outros meninos também.

Tive a sorte que nem todos tiveram de conhecer quem escreveu, quem desenhou e quem inventou as músicas que estão neste livro. A Francine Benoit ainda me ensinou um bocadinho de piano… Vejam lá…

Quando a minha filha já lia, passei-lhe o livro e aconteceu-lhe, parece-me, uma coisa parecida. Até lhe comprei uma nova edição, acabada de sair – mas infelizmente muito mais feia – a ver se não se estragava ainda mais o belíssimo livro com que eu tinha andado para trás e para diante, e que até tem uma dedicatória do Sidónio Muralha e do Júlio Pomar …
Um livro cheio de verdes, vermelhos, azuis e amarelos e traços do Pomar que não coincidem com as cores – e era a isso que eu achava graça. E ainda acho. Vejam lá…

Lembro-me muito mais do livro, que me foi acompanhando, do que do Sidónio Muralha, que o escreveu, e que depois escreveu muitos outros livros para crianças. Eu era muito pequena quando ele foi para fora de Portugal – primeiro para África, depois para o Brasil, onde passou a viver e onde morreu. Só cá vinha às vezes.
O Sidónio Muralha saiu de cá porque não conseguia viver e escrever num país sem liberdade, como foi esta nossa terra até ao 25 de Abril de 1974. Eram perseguidos e mesmo presos aqueles que queriam que o mundo fosse de outra maneira e faziam coisas para isso acontecer.
    
Foi por quererem um mundo em que todos pudessem dizer o que pensavam e onde não houvesse pobres e ricos – os pobres a sofrerem e os ricos de perna estendida – que Mário Dionísio, o meu pai, e Sidónio Muralha (e muitos outros, como o Pomar e a Francine) se tornaram amigos para a vida inteira e fizeram coisas juntos.
Por exemplo, ainda antes de eu ter nascido, no sítio onde hoje é a Casa do Alentejo, ali em baixo, Mário Dionísio com muitos amigos (o Sidónio Muralha e a Francine Benoit estavam neste grupo), organizaram uma série de sessões sobre assuntos a que nem toda a gente ligava e de que as pessoas sabiam pouco, para elas ficarem a saber mais (arte, literatura, música, pintura...). Pois olhem, fez-se a primeira e a segunda foi interrompida pela polícia. E não pôde haver mais. E as pessoas ficaram sem saber o que podiam ter aprendido.

Alguns deles eram poetas. Também isso juntava Mário Dionísio a Sidónio Muralha. Muito novos ainda, pouco tempo antes dessas sessões na Casa do Alentejo, publicaram quase ao mesmo tempo, os seus segundos livros de poemas numa mesma colecção chamada «Novo Cancioneiro» que juntou muitos mais poetas além deles. Todos queriam escrever de uma maneira nova, para mais gente do que aqueles que costumavam de ler, e falar nos seus versos de coisas que então apareciam pouco na poesia.
«Poemas» chama-se o livro de Mário Dionísio que saiu nesta colecção, quando ele tinha 25 anos. «Passagem de Nível» era o nome do livro do Sidónio Muralha, tinha ele 22.
Foi aqui que começaram novas maneiras de escrever. A isso se chamou «Neo-realismo», de que uns gostam e outros não, e que mais tarde vocês virão a saber o que foi. Hoje digo só que, para todos eles, o povo era muito importante. E mudar o mundo ainda mais.

Grande abraço da Eduarda Dionísio
Fevereiro de 2013

Júlio Pomar


Artcity21

Sidónio Muralha


Vidas Lusófonas

Francine Benoit no Salão Nobre da Escola de Música do Conservatório de Lisboa (1928)



Francine

Palavras da turma



Somos alunos do 2ºano da manhã da Escola do Castelo, em Lisboa.

Este ano, um grupo muito especial de bichos, alguns bichinhos e muitos bicharocos, entrou na nossa sala de aula. Sentimo-nos privilegiados. Por vezes, até escolhidos. 

Todos os animais têm em comum terem nascido da imaginação de Sidónio Muralha, da musicalidade de Francine Benoit e do traço criativo de Júlio Pomar. Da criatividade e da arte de cada um. 

Queremos agradecer-lhes (aos três) terem-nos dado a oportunidade de brincar com estes animais, desenhá-los de muitas maneiras diferentes. Dar-lhes vida com os nossos materiais.

A nossa exposição irá ser inaugurada no dia 20 de fevereiro na EB1 do Castelo e depois, seguirá o seu caminho para o Centro Mário Dionísio, a convite da nossa amiga Eduarda Dionísio.

Teremos poemas ditos e escritos, desenhos e outras criações nossas a partir destas personagens.

A nossa Escola fica no Castelo de São Jorge e é muito bonita.

Sabiam que temos pavões que partilham o recreio connosco de vez em quando?